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Retorno do Turismo
Plano Nacional de Turismo 2018-2022
Relatório de Impacto da Pandemia de COVID-19 nos setores de turismo e cultura no Brasil
Geografia
O território brasileiro é cortado por dois círculos imaginários: o Equador que passa pela foz do Amazonas e o Trópico de Capricórnio, que corta o município de São Paulo. O país ocupa uma vasta área ao longo da costa leste da América do Sul e inclui grande parte do interior do continente, que compartilha fronteiras terrestres com o Uruguai a sul; Argentina e Paraguai a sudoeste; Bolívia e Peru a oeste; Colômbia a noroeste e Venezuela, Suriname, Guiana e o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa, a norte. O país compartilha uma fronteira comum com todos os países da América do Sul exceto Equador e Chile. Engloba uma série de arquipélagos oceânicos, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas, São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz. O seu tamanho, relevo, clima e recursos naturais fazem do Brasil um país geograficamente diverso.
O Brasil é o quinto maior país do mundo, depois da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, e o terceiro maior da América, com uma área total de 8 515 767,049 km², incluindo 55 455 km² de água. O seu território abrange três fusos horários, a partir de UTC-4 nos estados ocidentais, a UTC-3 nos estados do leste (e hora oficial do Brasil) e UTC-2 nas ilhas do Atlântico.
A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, planícies, planaltos e cerrados. Grande parte do terreno situa-se entre 200 e 800 metros de altitude. A área principal de terras altas ocupa mais da metade sul do país. As partes noroeste do planalto são compostas por terreno, amplo rolamento quebrado por baixo e morros arredondados. A seção sudeste é mais robusta, com uma massa complexa de cordilheiras e serras atingindo altitudes de até 1 200 metros. Esses intervalos incluem a serra da Mantiqueira, a serra do Espinhaço e a serra do Mar. No norte, o planalto das Guianas constituem um fosso de drenagem principal, separando os rios que correm para o sul da Bacia Amazónica dos rios que desaguam no sistema do rio Orinoco, na Venezuela, ao norte. O ponto mais alto no Brasil é o Pico da Neblina, na serra do Imeri (fronteira com a Venezuela) com 3 014 metros e o menor é o oceano Atlântico.
O Brasil tem um sistema denso e complexo de rios, um dos mais extensos do mundo, com oito grandes bacias hidrográficas, que drenam para o Atlântico. Os rios mais importantes são o Amazonas (o maior rio do mundo tanto em comprimento – 6 937,08 km de extensão – como em termos de volume de água – vazão de 12,5 bilhões de litros por minuto), o Paraná e seu maior afluente, o Iguaçu (que inclui as cataratas do Iguaçu), o Negro, São Francisco, Xingu, Madeira e Tapajós.
História
Períodos históricos:
- Colónia;
- Império;
- República.
Colónia
O Brasil Colónia compreende o período entre a chegada dos portugueses, em 1500, e a independência do país, em 1822. De 1500 a 1530, a exploração do território, então chamado Terra de Santa Cruz, era limitada a expedições para coleta e transporte de pau-brasil, madeira nobre muito apreciada no continente europeu.
Nesse período a costa foi também explorada por holandeses, ingleses e, principalmente, franceses. Apesar de não serem signatários do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu em 1494 as terras recém-descobertas), essas nações enviavam ao Brasil missões para extrair madeira.
Com o objetivo de garantir o controle do território, em 1534, o rei de Portugal, D. João III, decidiu repartir o Brasil em 15 lotes, ou capitanias hereditárias. As áreas eram doadas em caráter vitalício e hereditário aos cidadãos da pequena nobreza portuguesa, os donatários. Entre os deveres dos detentores das terras estavam governar, colonizar, resguardar e desenvolver a região com recursos próprios.
Mapoteca do Itamaraty
O período colonial vai de 1500, com a chegada dos portugueses, até 1822, com a independência do país.
Apesar das regras de funcionamento, o sistema de capitanias hereditárias não prosperou. Entre os motivos estavam a falta de experiência de donatários na administração dos territórios, as dificuldades de comunicação e locomoção. Muitos decidiram abrir mão dos lotes a que tinham direito e regressaram à terra natal. As exceções foram as capitanias de São Vicente e Pernambuco, que prosperaram por causa dos lucros com a cana-de-açúcar.
Em razão desse fracasso, a Coroa Portuguesa estabeleceu em 1549 no Brasil um Governo-Geral, para centralizar a administração e reforçar o controle da colónia, mas as capitanias hereditárias continuaram a existir como unidades administrativas.
Em 1759, foram finalmente extintas e deram lugar às capitanias gerais. Nesse período também foram instaladas as primeiras câmaras municipais, comandadas por ricos proprietários, que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. A capital do Brasil nesse período era Salvador, já que a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.
A base da economia colonial era o engenho de açúcar, que utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu, além da produção de tabaco e algodão.
O Brasil tornou-se no maior produtor de açúcar nos séculos XVI e XVII. As principais regiões açucareiras eram a Bahia, Pernambuco, parte do Rio de Janeiro e São Vicente (São Paulo). O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia o monopólio comercial da colônia com a Metrópole. O Brasil vendia metais, produtos tropicais e subtropicais a preços baixos, estabelecidos pela metrópole, e comprava dela manufaturas e escravos por valores mais altos, garantindo assim o lucro de Portugal.
Neste período, a sociedade colonial já tinha características bem estabelecidas, com senhores de engenho no topo da pirâmide social, seguidos por uma classe média formada por funcionários públicos, feitores, militares, comerciantes e artesãos. Na base da sociedade estavam os escravos, de origem africana, considerados simples mercadorias.
No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, como consequência da produção nas ilhas da América Central. Portugal passou então a buscar novas fontes de renda e teve início o ciclo do ouro no Brasil. Expedições de bandeirantes, no final do século XVII, descobriram minas de ouro nas regiões onde hoje estão os Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Com a nova atividade, a capital da colônia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
A fiscalização intensa da Coroa Portuguesa e as cobranças excessivas de imposto mobilizaram a população. Liderada por Tiradentes, a Inconfidência Mineira virou símbolo da resistência da colônia contra a exploração da Metrópole. As revoltas reuniam representantes de classes sociais diferentes, que tinham interesses em comum. Setores da sociedade estavam descontentes, o monopólio comercial já não era aceite nem pela classe dominante colonial nem pelo capitalismo internacional em expansão. As colónias inglesas da América do Norte fizeram a sua independência e a ideia de emancipação política começou a influenciar a elite.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), como consequência da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte ao território português, marcou o início do processo que culminou com a proclamação da independência. Com presença da família real portuguesa, o Brasil começou a deixar as funções de colónia para assumir as de metrópole.
A 9 de dezembro de 1821, chegaram ao Rio de Janeiro decretos que determinavam a abolição da Regência e o imediato retorno de D. Pedro de Alcântara a Portugal, a obediência das províncias a Lisboa (e não mais ao Rio de Janeiro) e a extinção dos tribunais no Rio de Janeiro.
Alarmada com a possibilidade da recolonização, a elite brasileira favorável à emancipação do país deu apoio ao Príncipe Regente para que permanecesse no Brasil. A 7 de Setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro pronunciou a famosa frase "Independência ou Morte!", extinguindo os laços de união política com Portugal. A 12 de outubro de 1822, o Príncipe tornou-se Imperador e recebeu o título de D. Pedro I, sendo coroado a 1 de dezembro na capital.
Fonte:
Domínio Público
Império
O período do Brasil Império teve início em 1822, com a proclamação da Independência, e durou até 1889, quando foi instaurada a República. Inicialmente, países europeus não reconheceram o reinado de D. Pedro I.Acervo Museu Imperial
Obra de 1824 retrata o ato de coroação de D. Pedro II. Óleo sobre tela, 2,38 x 3,10 m, de François-René Moreaux (1807-1860).
Os Estados Unidos, que através da Doutrina Monroe defendiam a autonomia do continente americano, foram os primeiros a aceitar a emancipação política do Brasil. A Coroa Portuguesa somente reconheceu a independência do Brasil em agosto de 1825, após intervenção da Inglaterra, que obteve assim inúmeras vantagens comerciais. Portugal também recebeu 2 milhões de libras, a título de indenização.
A Carta de 1824 foi a primeira Constituição do país, cujas leis vigoraram durante todo o Brasil Império. O documento estabeleceu, entre outros pontos, a Monarquia Constitucional, com governo centralizado; sistema representativo com Senado e Câmara dos Deputados; quatro poderes políticos harmônicos – Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador -, este último exercido pelo Imperador. O direito de votar e de se eleger estava vinculado à posição social e patrimônio financeiro, o que excluía a maior parte da população.
Durante o início do período imperial o país atravessava uma grave crise económica. As lavouras tradicionais de exportação, como cana de açúcar, algodão e tabaco entraram em decadência com a concorrência de outros países. Além do mais, o Brasil tinha mais custos com a importação de manufaturas do que os ganhos obtidos com a exportação de produtos agrícolas.
Mas não era só na área económica que D. Pedro I enfrentava dificuldades. Em 1826, com a morte de D. João VI, o trono português passou a pertencer ao imperador do Brasil. Pressionado pela elite brasileira, que temia a recolonização do país, D. Pedro I renunciou em favor de sua filha, D. Maria da Glória. Como ainda era criança, o trono passou a ser regido por D. Miguel, irmão de D. Pedro I, que, com apoio de outros países, foi aclamado rei em 1828.
Para reaver o trono, o imperador decidiu ajudar financeiramente a luta contra D. Miguel em Portugal. Isso aumentou mais ainda a crise económica e o descontentamento das forças políticas de oposição brasileira. Outros acontecimentos deixavam clara a insatisfação popular, como as Revoluções Liberais de 1830, protestos contra o assassinato do jornalista Líbero Badaró, que fazia críticas ao governo, e lutas de rua entre brasileiros e portugueses, como a Noite das Garrafadas, levaram D. Pedro I a abdicar, em 1831.
Período Regencial (1831 a 1840)
Filho de D. Pedro I, Pedro de Alcântara foi aclamado imperador do Brasil. O regime monárquico foi mantido e três regentes escolhidos para governar em nome do soberano, até que atingisse a maioridade, o que aconteceria em 1843. O período regencial foi um dos mais conturbados da história do Brasil. Proprietários rurais do Sudeste dominavam o governo e as províncias lutavam por maior autonomia política. A disputa ameaçava dividir o Império em regiões independentes.
Em 1834 o Ato Adicional introduziu modificações na Constituição de 1824. O Conselho de Estado (cujos representantes eram favoráveis à restauração do Primeiro Reinado) foi extinto, Assembleias Legislativas provinciais foram criadas e a cidade do Rio de Janeiro transformada em município neutro da corte. A Regência Una foi instituída no lugar da Trina. Eleita por votação nacional, fortaleceria os setores aristocráticos regionalistas e federativos.
As disputas políticas permaneceram acirradas e, em 1840, para retirar os conservadores do poder, os liberais propuseram a antecipação da maioridade do Imperador. A Revolução Parlamentar ou Maiorista terminou com a regência e deu início, três anos antes do previsto, ao governo pessoal de D. Pedro II, que duraria até 15 de novembro de 1889.
Parlamentarismo
Em 1847, foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, também chamado Chefe de Gabinete, cargo semelhante ao do primeiro-ministro nos países europeus. O regime tornou-se então Parlamentarista desde essa data até a proclamação da República (1889). O Parlamentarismo brasileiro foi chamado de "Parlamentarismo às avessas", já que o poder Legislativo, ao invés de nomear o Executivo, estava subordinado a este.
Fim do Império
As mudanças económicas e sociais a partir da metade do século XIX levaram à proclamação da República. A Guerra do Paraguai (1864-1870), que obrigou o Brasil a contrair empréstimos vultosos e provocar um desequilíbrio financeiro, instigou a insatisfação com o regime monárquico. Além disso, a classe média formada por profissionais liberais, funcionários públicos, estudantes, etc, queria mais liberdade e poder de decisão. A sucessão do trono também era questionada, já que D. Pedro II tinha apenas filhas mulheres. A princesa Isabel, que assumiria o poder após a morte do pai, era casada com um francês, o que levantava o temor de o país ser governado por um estrangeiro.
A abolição da escravartura também colaborou para o fim do Brasil Império, que perdeu importante apoio das elites agrárias, prejudicadas com a decisão do governo de não indemnizá-las de acordo com o número de escravos alforriados.
Desgastado, o Império tentou promover reformas na ordem política. Um novo Ministério da Guerra foi formado, sob o comando de Afonso Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto. Este ficaria responsável por garantir a sucessão da monarquia.
Apesar de descrente com a Monarquia, o movimento de 15 de novembro de 1889 não contou diretamente com a participação popular. No Rio de Janeiro, os republicanos pediram ao Marechal Deodoro da Fonseca para comandar o movimento revolucionário que substituiria a Monarquia pela República. Na manhã de 15 de novembro de 1889, sob o comando do Marechal Deodoro, tropas saíram às ruas para derrubar o ministério de Ouro Preto, que foi deposto.
Dom Pedro II, que estava em Petrópolis durante os acontecimentos, voltou à corte para tentar formar um novo ministério, sem sucesso. Um governo provisório foi constituído, com o Marechal Deodoro da Fonseca no comando.
No dia 17 de novembro, sob forte esquema de segurança, Dom Pedro II, que decidiu não se opor ao movimento, partiu com a família para a Europa.
Fonte:
Câmara dos Deputados
Domínio Público
República
Centro Cultural São Paulo
A era republicana no Brasil teve início em 1889, com a proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca, e vigora até os dias de hoje. Nesses anos, o país passou por importantes mudanças de governo, inclusive um período de ditadura militar.
O Brasil República pode ser dividido em cinco fases: República Velha, Era Vargas, República Populista, Ditadura Militar e Nova República.
República Velha (1889 – 1930)
O período começa com a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 1889. Em 1891, é promulgada a primeira constituição da era republicana.
Também conhecido como República das Oligarquias, o período foi marcado por governos ligados ao setor agrário, que se mantinham no poder de forma alternada: a “política do café com leite”. A quebra dessa troca de governo provocou a Revolução de 1930 e marcou o fim da República Velha.
Era Vargas (1930-1945)
Os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pelo clima de tensão entre as oligarquias e os militares - principalmente no estado de São Paulo – o que provocou a Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu uma tentativa de golpe contra o governo Getúlio Vargas – a Intentona Comunista. Getúlio aproveitou o episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos. Nessa época, Getúlio adotou um discurso nacionalista e começou a articular um movimento pela sua permanência no cargo. Mas em 1945, o Exército derrubou o presidente.
República Populista (1945-1964)
Após a queda de Getúlio, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente. A Assembleia Constituinte criou a quinta Constituição brasileira, que estabeleceu os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Em 1950, Getúlio volta ao cenário político e vence as eleições presidenciais. Graças à sua postura nacionalista, recebe apoio de empresários, Forças Armadas, grupos de políticos no Congresso, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da sociedade.
Enquanto isso, a oposição crescia e organizava-se contra o governo. A 23 de agosto de 1954, 27 generais exigem publicamente a renúncia de Vargas. Na manhã de 24 de agosto, Vargas comete suicídio.
Juscelino Kubitschek assume a presidência em janeiro de 1955 com a promessa de realizar “cinquenta anos em cinco”. A reação à política de JK veio com a eleição do populista Jânio Quadros, que renunciou ao mandato no ano seguinte. Na época, especulou-se que a renúncia foi uma estratégia usada pelo presidente para conseguir que o Congresso lhe oferecesse poderes totais. Mas ao contrário do que Jânio esperava, o Congresso aceitou prontamente sua saída.
Ditadura Militar (1964-1985)
Com o aumento da crise política e das tensões sociais, em março de 1964 tropas em Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. No dia 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1), que cassa mandatos políticos e tira a estabilidade de funcionários públicos.
O marechal Humberto de Alencar Castello Branco foi eleito presidente. Em seu governo, foram promulgados os Atos Institucionais, que suspenderam os direitos políticos dos cidadãos.
Em 1967, o Marechal Arthur da Costa e Silva assume a presidência e decreta, em 1968, o Ato Institucional Número 5 (AI-5), que fechou o sistema político e ampliou a repressão da ditadura.
No final de 1969, Costa e Silva adoece e é substituído por uma junta militar. Em seguida, o general Emílio Garrastazu Médici assume a presidência. Com ele, cresce a repressão e uma severa política de censura é colocada em prática para todos os meios de comunicação e expressão.
Sucessor de Médici, o general Ernesto Geisel inicia um lento processo de transição rumo à democracia. Em 1978, ele acaba com o AI-5 e impõe o general João Batista Figueiredo para a sucessão. Figueiredo decreta então a Lei da Anistia e restabelece o pluripartidarismo.
Nova República (1985-hoje)
A Nova República é o período que se seguiu ao governo militar caracterizado pela democratização política e pela estabilização econômica.
Em 1984, o movimento “Diretas Já” mobilizou milhões de brasileiros que pediam eleições diretas para presidente. A Câmara dos Deputados, no entanto, não aprova e o Colégio Eleitoral elege o deputado oposicionista Tancredo Neves que concorria contra Paulo Maluf.
Tancredo não chega a tomar posse, falecendo vítima de infecção hospitalar. O vice, José Sarney assume e, no seu governo, é promulgada a Constituição de 1988. O documento instituiu o Estado democrático e a república presidencialista.
Em 1989, Fernando Collor de Mello vence as primeiras eleições diretas para presidente realizadas desde 1960. Praticamente desconhecido no resto do país, sua campanha foi baseada na promessa de combate à corrupção e da construção de uma imagem de líder jovem e dinâmico.
Após dois anos de governo, o Congresso Nacional instaura uma CPI cujas conclusões levam ao pedido de afastamento do presidente (impeachment), mas Collor renunciou antes de ter seu impedimento aprovado. Mesmo assim, o ex-presidente teve seus direitos políticos suspensos por dez anos.
Um dos fatos mais marcantes desse período foi o movimento dos “Caras Pintadas”, quando milhares de estudantes saíram às ruas pedindo o impeachment de Collor.
Após a renúncia, o vice-presidente Itamar Franco assume o cargo. Em sua administração, é implantado o Plano Real. O projeto foi executado pela equipe do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que se elegeu presidente em 1994 e foi reeleito em 1998.
Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito presidente da República e reeleito em 2006.
No dia 1 de Janeiro de 2011, Dilma Rousseff assumiu a Presidência da República, tornando-se a primeira mulher a assumir o posto de chefe de Estado, e também de governo, em toda a história do Brasil.
Como chegar?
- Um dos fatores preponderantes para o aumento do número de turistas estrangeiros que visitam o Brasil foi a melhoria do sistema de transporte aéreo. Destacando-se a implantação de novas rotas de voos charter, dirigidos às capitais do Nordeste brasileiro partindo de países escandinavos e destinados principalmente para Natal.
Por outra parte, também na maioria das cidades da América do Sul operam voos regulares ao Rio de Janeiro. A taxa do aeroporto para voos internacionais ascende à elevada quantia de 36 dólares.
A linha aérea nacional do Brasil é Varig (RG), mas ao Brasil chegam regularmente voos da Iberia Air Europa, Aerolíneas Argentinas, Air France, American Airlines, KLM, LAN-Chile, British Airways, Air Portugal e TAP. - A companhia Lamport and Holt Lines tem cruzeiros de passageiros da Europa. No entanto, também é possível chegar ao Brasil de navio diretamente pelo rio Amazonas de Iquitos (Peru) ou através do rio Paraguai até o Pantanal de Assunção.
É importante salientar que em ambos os casos a viagem é mais lenta e pesada, por outra parte, destacam-se entre estas companhias: Lindblad Travel, Delta, Costa e Society Expeditions.
Vistos
Os vistos são concedidos pelos consulados brasileiros no exterior.
Cidadãos de países integrantes do Mercosul não precisam de visto para entrar no Brasil, basta passaporte ou documento de identidade válidos.
Exigências:
- Cada viajante deve preencher seu próprio Formulário de Pedido de Visto, inclusive menores de 18 anos
- Pagamento de taxa, que varia conforme o tipo de visto e tempo de permanência
- Passaporte deve ter pelo menos seis meses de validade, a contar do momento do pedido de visto
- Foto 3x4 ou 5x7 recente e em fundo branco
- Menores de 18 anos desacompanhados dos pais ou responsáveis devem apresentar autorização com assinatura de ambos.
Conforme instrução passada aos postos no exterior, os requisitos a serem cumpridos para ingresso de turistas espanhóis no Brasil, em estrita reciprocidade ao exigido de cidadãos brasileiros, são os seguintes:
- Passaporte válido;
- Bilhete aéreo de ida e volta (a data da volta deve estar marcada);
- Comprovação de meios económicos suficientes para a manutenção durante o período de permanência no Brasil. Essa quantia deve corresponder a, pelo menos, R$ 170,00 diários e ser comprovada, por exemplo, mediante a apresentação de cartão de crédito e de sua última fatura, para que possa ser verificado o seu limite;
- Em caso de hospedagem em hotel: documento comprobatório de reserva paga em hotel, ou
- Em caso de hospedagem em residência: carta-convite de um particular residente na cidade brasileira de destino, informando o prazo de estada do turista espanhol com assinatura do declarante autenticada em cartório (brasileiro), acompanhada de comprovante de residência emitido em nome do declarante. (Obs: não há formulário específico de carta-convite, bastando declaração do interessado que contenha as informações acima)
Viajantes a negócios deverão apresentar documentos comprobatórios das atividades a serem desempenhadas nessa condição durante sua estada no Brasil; caso não seja possível receberão o mesmo tratamento de turistas.
Países que não necessitam de visto para permanência por até 90 dias:
África do Sul, Alemanha, Andorra, Argentina, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Bolívia, Bulgária, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, Equador, Eslováquia, Eslovênia, Filipinas, Finlândia, França, Grã-Bretanha/UK, Grécia, Guatemala, Honduras, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Macau, Malásia, Marrocos, Mônaco, Namíbia, Noruega, Nova Zelândia, Ordem S. M. Malta, Países Baixos/Holanda, Panamá, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, República da Guiana, República Tcheca, San Marino, Suécia, Suíça, Suriname, Tailândia, Trinidad e Tobago, Tunísia, Turquia, Uruguai, Venezuela e Vaticano.
Países com obrigatoriedade de visto de entrada:
Afeganistão, Albânia, Angola, Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Argélia, Armênia, Austrália, Azerbaijão, Bangladesh, Bareine, Belarus, Belize, Benin, Bósnia, Botsuana, Brunei, Burkina Faso, Burundi, Cabo Verde, Cameroun, Camboja, Canadá, Catar, Cazaquistão, Chade, China, Chipre, Cingapura, Comores, Congo, República Democrática do Congo, Ilhas Cook, Coréia do Norte, Costa do Marfim, Cuba, Djibuti, Dominica, Egito, El Salvador, Emirados Árabes, Eritréia, Estados Unidos, Estônia, Etiópia, Ilhas Fiji, Gabão, Gâmbia, Gana, Geórgia, Granada, Guiné, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Haiti, Hong Kong, Iêmen, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Iugoslávia/Sérvia e Montenegro, Jamaica, Japão, Jordânia, Ilhas Kiribati, Kuwait, Laos, Lesoto, Letônia, Líbano, Libéria, Líbia, Lituânia, Macedônia, Madagáscar, Malaui, Ilhas Maldivas, Mali, Malta, Ilhas Marianas, Ilhas Marshall, Ilhas Maurício, Mauritânia, México, Micronésia, Moçambique, Moldávia, Mongólia, Myannar, Nauru, Nepal, Nicarágua, Níger, Nigéria, Omã, Palestina, Papua/Nova Guiné, Paquistão, Quênia, Quirguízia, República Dominicana, Romênia, Ruanda, Rússia, Ilhas Salomão, Samoa Ocidental, Santa Lúcia, São Cristóvão e Príncipe, São Vicente e Granadinas, Senegal, Serra Leoa, Ilhas Seychelles, Síria, Somália, Sri Lanka, Suazilândia, Sudão, Tadjiquistão, Tanzânia, Timor Leste, Togo, Tonga, Turcomenistão, Ilhas Tuvalu, Ucrânia, Uganda, Uzbequistão, Vanuatu, Vietnã, Zâmbia e Zimbábue.
Em caso de dúvidas, entre em contato com o Consulado Brasileiro mais próximo.
Clima
A caraterização do clima de uma região depende de elementos como temperatura, humidade e pressão atmosférica. Há também fatores como a distância de uma região para o mar, correntes marítimas, latitude e altitude. Em áreas de baixa altitude, o calor é retido por mais tempo por causa da atmosfera mais densa. Se o ar é rarefeito, como ocorre em áreas de altitude elevada, há menos capacidade para manter o calor que vem do Sol. Em relação à latitude, quanto mais próxima dos polos uma região estiver (latitude maior), mais fria ela será e, quanto mais próxima da Linha do Equador (latitude menor), mais quente ficará a região.
Breno Laprovitera/Embratur
O clima tropical do Nordeste brasileiro também é encontrado em países da África e da Ásia.
Levando-se em consideração todos os fatores influentes, uma das classificações para dividir os tipos de clima ao redor do mundo é a seguinte: equatorial, tropical, temperado, mediterrâneo, continental, polar e árido. No Brasil somente são encontrados os três primeiros tipos.
- Equatorial
Nas regiões localizadas próximas à Linha do Equador, a temperatura média é 25°C e chove durante quase todo o ano. Esse tipo de clima cobre boa parte do território brasileiro e engloba, principalmente, a região da Floresta Amazónica. - Tropical
O clima tropical, que cobre áreas entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, apresenta temperatura média superior a 20°C (no verão, ela é superior a 25°C) e alto índice de chuvas. No inverno há períodos de seca. É encontrado no Nordeste, no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil. - Temperado
No clima temperado (entre o Polo Norte e o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio e o Polo Sul), as temperaturas giram em torno de 18°C. No inverno podem chegar a menos de zero grau. As chuvas se distribuem de forma regular durante o ano e as estações são bem definidas: Verão quente, Outono com temperaturas amenas, Inverno frio e Primavera mais quente com o passar dos dias. O clima temperado é encontrado no Sul do Brasil.
Moeda
A unidade monetária do Brasil é o Real (R$).
Reais e travellers checks podem ser trocados em bancos, agências de viagens e hotéis autorizados.
1R$ = 0,35042€
1R$ = 0,46516 USD
1R$ = 44,6488 Kwanza
Feriados
1 de Janeiro – Confraternização Social
21 de Abril – Tiradentes
1 de Maio – Dia do Trabalho
25 de Maio – Dia de África
7 de Setembro – Independência do Brasil
12 de Outubro – Nossa Senhora Aparecida
2 de Novembro – Dia de finados
15 de Novembro – Proclamação da República
25 de Dezembro – Natal
Indicativos
O código internacional de ligação para o Brasil é 0055.
Bombeiros: 193
Defesa Civil: 199
Polícia Civil: 197
Polícia Militar: 190
Emergência: 192
Saúde
A febre-amarela é uma doença transmitida pela picada de mosquito e é recomendável vacinar-se contra ela pelo menos 10 dias antes de viajar a determinados locais.
O Brasil exige certificado internacional de vacinação contra a Febre-amarela para turistas de alguns países: Angola, Benin, Bolívia, Burkina Faso, Camarões, Colômbia, Equador, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné Bissau, Guiana Francesa, Libéria, Nigéria, Peru, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Sudão, Venezuela e Zaire.
É importante lembrar que quase todo o litoral brasileiro é considerado sem risco de contração da doença. Essa área vai do Rio Grande do Sul ao Piauí, com exceção do norte do Espírito Santo e do sul da Bahia.
http://www.who.int/countries/bra/en/