Xigubo é uma dança tradicional moçambicana e que representa a resistência colonial do país sobretudo na região sul. Maioritariamente praticada nas regiões interiores de Gaza e Maputo, a dança tem poucos praticantes ao nível das cidades. A dança do Xigubo consiste no alinhamento de um determinado número de homens – entenda-se, dançarinos – em uma ou duas filas, devidamente adornados com objectos de fibras e peles nos braços e nas pernas, colares de sementes, entre outros signos, vestindo saiotes confeccionados com peles de animais, as quais se fazem acompanhar de um instrumento de defesa denominada xitlhango ou azagaia. Nas extremidades da fila feita pelos dançarinos, geralmente, encontram-se duas bailarinas que se “confrontam”. Elas têm um papel dissociado – estética do contraponto – da dança executada pelos homens.
Dança de Mapiku
É uma dança originária da comunidade Makonde, e é sem dúvida, a dança mais conhecida e mais divulgada em toda a Província de Cabo Delgado, sendo que sua difusão chega a ultrapassar as fronteiras nacionais. O Mapiko, é uma das principais danças tradicionais Makonde, é praticado nos ritos de iniciação e cumpri a função lúgubre, em caso de morte de um membro do grupo ou da comunidade. Pratica-se também em algumas cerimónias de investidura de chefes clânico-linhageiros. O elemento central do Mapiko é o Lipiko, dançarino principal, este deve estar, necessariamente, envolto em panos e mascarado. A máscara, tanto pode representar figuras de animais (coelho, leão, cão, leopardo, hiena), como também pode representar uma figura humana, que simboliza o espírito de um defunto a ser invocado. Da cintura para cima todo corpo do dançarino fica coberto de guizos.
Dança Marrabenta
Segundo muitas pesquisas feitas, esta dança nasceu e se desenvolveu em Lourenço Marques, actualmente Maputo nos anos 50. Durante a época colonial, os grupos de música e dança tradicional só tinham a oportunidade de demonstrar as suas danças, seus instrumentos e as suas músicas e variantes das suas culturas nos desfiles carnavalescos que acontecia anualmente.
Danca Nhau
A Dança Nhau foi certificada pela Organização das Nações Unida para Educação Ciência e Cultura (UNESCO) em Novembro de 2005, como uma obra-prima do património oral e intangível da humanidade. A dança Nhau, constitui a cultura dos habitantes da província de Tete, que exige bastante agilidade do seu dançarino, duma máscara de madeira e a dança tabu de ritos de iniciação. Como tradição dos habitantes desta província, usam certos símbolos de seus hábitos e costumes, como símbolos de maniqueira, que representam matéria-prima para fazer sumo, doces, bebidas alcoólicas e alimentação, e o de cabrito que representa fonte de riqueza.